Aldeia é o nosso lar, onde nos sentimos em casa, protegidos, acolhidos. Engano, engano, engano! A aldeia pode ser o mal maior, a desgraça, o fim. Porque é justamente em casa que estamos vulneráveis, desprendidos de proteção. E sem proteção, até mesmo o mal, que não aceitamos existir, nos abraça.
"Longe das Aldeias", romance de Robertson Frizero, editado pela editora Dublinense, conta a história de um rapaz que busca um pai. Parece uma história simples e corriqueira, se a ambientação não fosse uma feroz guerra. Uma família que é desmantelada por crenças alheias. Uma família que parece se desfazer, mas se reconstroí em algumas mentiras. A verdade chega nas últimas páginas (o livro tem 94 páginas). E quando ela chega nos devora, nos ataca. É como se um animal cego e faminto avançasse nas nossas vísceras, tão bem escondidas. O que sobra deste ataque? Nossa alma.
Frizero, em poucas páginas, nos expõem dramas tão comuns que nos negamos a enxergar ou sentir. Não posso escrever muito, não posso dar "spoiler". Não seria justo. A escrita é toda costuradinha, não sobra, não falta. Tem poesia no relato. Tem dor. Tem esperança. Tem uma vida escancarada, que muitos insistem em não enxergar. Por favor, não pensem e leiam este livro o quanto antes. Peçam emprestado para o amigo, comprem no site da Dublinense, mas leiam!! Não sejam humanos de redes sociais. Sejam humanos de coração pulsando e usem as redes sociais para divulgar ferozmente este nome Robertson Frizero e seu livro "Longe das Aldeias".
Não conhecia este livro e fiquei bem curiosa!
ResponderExcluirQuero ler também. Depois te conto.
Adorei a dica
Bjs
Claudia
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