segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

É livro para viver cada linha

Instante Infinito, é o primeiro romance de Dan Poletti. A obra foi iniciada em 2015, após uma viagem de três meses pelo Uruguai, Argentina e Chile. O projeto foi agraciado com o Fundo Municipal de Cultura de Bento Gonçalves/RS. Dan contou, na mídia, que o personagem nasceu no Canadá e no fim da adolescência realizou uma viagem, passando pelo Chile, Argentina e Brasil e se estabeleceu na Serra Gaúcha. “O livro conta a história de um homem em fuga. Ele está sempre em movimento, buscando experiências de vida. Não conformista com algumas questões, ele traz reflexões”, relata Dan.
São 232 páginas de sentimentos à flor da pele, apesar do personagem negar sua sensibilidade muitas vezes. Vi o Dan pela primeira vez no FiliGram – Festival Internacional Literário de Gramado, na Mesa Feminilidades e Poesia (09/09). Ele foi prestigiar as escritoras e poetas, Natalia Polesso, Aline Bei e Ana dos Santos. Um escritor de aparência dândi, um poeta Byron da Serra Gaúcha, Dan surpreende com tanta existência em suas palavras. Instante Infinito não é livro para se ler numa sentada. É livro para grifar frases, para conversar com cada questionamento. Esqueçam o entretenimento. Assim como “Aurora é a justa guardiã de cada novo amanhecer. Nela toda a esperança se renova; toda vida recomeça; tudo é refeito do fim ao princípio e do princípio ao fim” (pg 226), o romance do Dan é para cada momento de auto descoberta que ousamos ter.
Admiro estes escritores que se jogam de cabeça nas palavras, sem medo. Que falam de desejo, mudanças climáticas, pandemia, medo, dor e amor sem receio de comoverem seus leitores. Sigam @danpoletti no instagram e encomendem o seu exemplar. Eu desejo ardentemente que ele continue escrevendo e se experimentando, não só no romance, mas também na poesia e nos contos. Virei fã dele.

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