segunda-feira, 12 de março de 2018

Quando abraçar é tão natural


 Passo as tardes de segunda lá na Biblioteca do Colégio Expressão, em São Francisco de Paula/RS. Cuido das retiradas e devoluções dos livros, converso com os alunos do Ensino Fundamental I e II, leio livros e faço fichas de leitura. Como não ser feliz nas segundas com um cenário como este? Hoje a gurizada me mostrou o livro Abraço Apertado, do Celso Sisto (ilustrações de Elisabeth Teixeira).



São vinte e três páginas onde uma menina está descobrindo o mundo, passando por muitas experiências, tendo sensações típicas de crianças. Então ela se pega tendo um segredo "bem grande/um segredo elefante/que eu não sei guardar sozinha".



O segredo, que ela bem que gostaria de contar, é que o pai é um carente de abraços. Ela acha graça daqueles braços de adulto sempre pedindo carinho. "Então dá aqui um abraço danado de bom, meu anjo de crepom".


E num determinado momento a menina se olha no espelho dos sentimentos e também confessa gostar de todos aqueles afagos. E questiona se num abraço tem quem abrace ou quem é abraçado. Mas a melhor conclusão para tanta dúvida é continuar recebendo e dando abraços.



Dados do livro

Livro Abraço Apertado
Autor Celso Sisto
Ilustrações Elisabeth Teixeira
Editora Positivo
23 páginas
Literatura Juvenil

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