segunda-feira, 11 de maio de 2020

Quando a máscara revela quem somos

Quando a pessoa é fingida, o comentário é "que ela usa máscara". A máscara escondeu rostos em bailes de carnavais. Virou sinônimo de "escondido, simulado". Até o ano de 2020, quando usar máscara se tornou sinal de consideração ao outro e prática de prevenção, em tempos de Covid 19. Está em vigor um decreto estadual tornando obrigatório o uso de máscara no Rio Grande do Sul. Ou seja, não tem mais para onde fugir: o negócio é se mascarar!

São Francisco de Paula usa máscara (foto retirada da página da Paróquia de São Francisco de Paula)

Costureiras, artesãs, pessoas preocupadas com a saúde pública colocaram a mão nas máquinas de costura e produziram dezenas, centenas, milhares de máscaras para a comunidade. Neste caso, a comunidade serrana do município de São Francisco de Paula (onde moro). A Associação do bairro São Miguel, além de fazer máscaras para os seus moradores, confeccionou proteção para os monumentos da cidade: o santo padroeiro, o negrinho do pastoreio e o tropeiro. A iniciativa partiu do artista Edmilson Duarte, que se juntou com a associação de bairro, a Paróquia da cidade, a Prefeitura Municipal e a empresa InstalSerra. "Colocar máscara nos monumentos é um ato simbólico da importância de nos protegermos. Juntamos nossas forças: a arte, a comunidade, iniciativa privada, a igreja e o poder público, para sensibilizarmos a população de que podemos e devemos nos proteger", afirma Edmilson Duarte.


Edmilson e o Negrinho do Pastoreio

Quando as forças se unem pelo bem comum da sociedade

Em tempos incertos para planejarmos futuro, o que nos cabe é buscar valorizar ações que protejam as pessoas. Estamos falando do uso correto de máscaras, do isolamento social e da disseminação de informações corretas. Será este triângulo de ações que salvará muitas vidas. Por mais máscaras de proteção nestes dias.

#jornalistanaquarentena

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