Israel Da Sóis lança livro sobre o ritmo Bugiu

O gaiteiro Israel da Sóis colocou a música no papel. A ideia do livro, “O Ritmo Musical do Bugiu – Nos Campos de Cima da Serra e no Rio Grande do Sul”, surgiu de uma inquietude a respeito da história, das origens deste ritmo, tão típico dos Campos de Cima da Serra, o bugiu. “A história tem valor imenso e isto aprendi com o músico Honeyde Bertussi. Ele e o Adelar Bertussi, outro músico de renome, é que sugeriram que eu escrevesse um livro sobre a história do ritmo”, conta Israel.

“Esta é a música que mais me identifico para tocar e compor, na linha do Adelar. Eu gosto muito do Bugiu, ritmo nosso, e do Chamamé, da região de Corrientes, na Argentina. O Bugiu é nosso, daqui do Rio Grande do Sul. Este ritmo é importante para a música do Rio Grande do Sul, mas tendo pouca literatura produzida. Juntamente com o cavalo campeiro, o queijo serrano, o ritmo musical é um patrimônio cultural da nossa região, construindo a nossa identidade”, complementa Israel, que dedicou dez anos para esta pesquisa. “Como músico percebi que, era preciso registrar esta evolução musical. Escrevi à mão este livro, que envolveu muita pesquisa musical e histórica, para comprovar fatos. Foram cerca de dez anos de pesquisa sobre o assunto. Quero deixar minha contribuição para a história da música gaúcha nestas quase 200 páginas de pesquisa”, conclui o gaiteiro.

Bugio é uma espécie de macaco, que é oriundo da Argélia, mais precisamente da cidade de Bugia. Uma característica marcante destes animais é a presença do osso hióide, ou o gogó, muito desenvolvido nos machos, que atua como câmara de ressonância e amplificação, conferindo a esses animais uma vocalização ímpar e mais acentuada, quando o tempo está para chover. Segundo os mais antigos “se o bugio roncou no mato, é chuva grossa de fato” e nenhum campeiro saía para suas lides sem a capa na garupa. E para imitar este ronco surgiu o único ritmo genuinamente gauchesco. Os músicos Bertussi defendem que o bugiu apareceu pela primeira vez no distrito de Juá, em São Francisco de Paula, através do gaiteiro Virgílio Leitão. Israel da Sóis lançará “O Ritmo Musical do Bugiu – Nos Campos de Cima da Serra e no Rio Grande do Sul”, pela editora Escrita Serrana, no dia 05 de outubro, às 18h, no Centro de Informações Turísticas, em São Francisco de Paula.

Setembro Roxo pede consciência

Gramado e Canela recebem programação para conscientização sobre a Doença de Alzheimer

Gramado e Canela vão sediar uma série de atividades, encontros e conversas para marcar o Setembro Roxo, reconhecido internacionalmente como o mês dedicado a Doença de Alzheimer. A programação, que segue até o dia 29 de setembro, foi desenvolvida pelas secretarias de Saúde e de Assistência Social de Gramado e Canela, em parceria com o Movimento Viver sem Saber. O movimento é idealizado pela produtora de eventos Mariela Oppitz Sorgetz, autora do livro “Viver sem Saber – Relatos de amor, dor e humor sobre a Doença de Alzheimer”. A história real contada por Mariela, a partir da convivência com sua mãe dona Anninha, paciente de DA, motivou a autora a se colocar a serviço da causa. “A ideia da programação do Setembro Roxo em Gramado e Canela é compartilhar informações e trazer reflexões sobre os desafios dessa doença, que vem aumentando o número de casos no mundo todo. Por isso, a importância de debater cuidados e prevenção”, afirma Mariela Oppitz Sorgetz.

Programação do Setembro Roxo em Gramado e Canela: Dia 21/09 - quarta-feira Horário: 17h Local: Catedral de Pedra em Canela O quê: Iluminação da Igreja e demais pontos do comércio

Dia 24/09 - sábado Horário: 8h às 12h Local: Sociedade Independente - Serra Grande, Gramado O quê: Secretaria da Saúde irá realizar Blitz do Bem Cuidar, que oferecerá serviços da saúde e outras áreas. De 26 a 30/09, quem quiser fazer o teste de Avaliação Cognitiva terá disponível em todas as UBSs do município (para pessoas a partir dos 65 anos).

Dia 26/09 - segunda-feira Horário: 18h Local: Câmara de Vereadores de Gramado O quê: Tribuna do Povo - Mariela fará um relato apresentando o Movimento, falando das ações realizadas no último ano e apresentando a programação desse ano.

Dia 29/09 - quinta-feira Local: Escola Senador Salgado Filho - Bairro Piratini, Gramado O quê: Bate-papo com a autora o livro "Viver sem Saber", Mariela Oppitz Sorgetz, e leitura de crônicas feitas pelos alunos

Marcelo Gil faz a Roda literária girar!

E o recado vem do próprio Marcelo, que lançou seu livro, A Roda, em edição física no FiliGram - Festival Internacional Literário de Gramado.

Para quem não conseguiu passar no FiliGram pode comprar o livro na cafeteria Le Chat Lettré no Centro Comercial Pedras Brancas, no centro de Gramado. Mas o Marcelo avisa:

"📱Também entrego em mãos ou envio pelos correios, basta falar comigo por aqui ou pelo Whatsapp (54) 99142.0243. O valor é R$30,00."

Mil Placebos e Matheus Borges

  O roteirista e escritor Matheus Borges lançou seu primeiro livro, o romance Mil Placebos  pela editora Uboro Lopes, no FiliGram - o Festival Internacional Literário de Gramado. O thriller, orientado por uma perspectiva de ficção científica, apresenta uma história paranoica, intimista, violenta, porém com senso de humor. A narrativa se concentra na trajetória do protagonista, um rapaz introspectivo e antissocial, mas de aguda percepção acerca das contradições da pós-modernidade, que cai na toca de coelho dos fóruns da internet. Quando a garota por quem é apaixonado tem um fim trágico e o administrador de seu fórum favorito desaparece misteriosamente, ele se deixa levar por impulsos investigativos que colocam em risco sua rotina e sua lucidez, para não dizer sua própria vida.

“Queria com Mil Placebos explorar os efeitos psíquicos do contato prolongado com o tráfego de informações, as relações humanas mediadas por interfaces eletrônicas, de que maneira isso se relacionava com a realidade em si”, pontua o autor. Na apresentação, Daniel Galera observa a habilidade na estruturação do texto: “Matheus Borges demonstra seus poderes singulares de construção psicológica, evocação de detalhes e observação atenta da nossa realidade fraturada e saturada de informação. Humor pontual com tempero absurdo, comentário social e suspense noir-cibernético se somam a uma aura de paranoia pynchoniana, sem nunca perder de vista a emoção genuína que sustenta os personagens.” E instiga: “o trocadilho deleuzeano do título revela sua incômoda sugestão: a de que as pílulas de realidade de que depende o inflado e frágil self contemporâneo jamais possam ter seu conteúdo devidamente conhecido e validado. “Verdades alternativas”, “deep fakes”, placebos.” Mil Placebos (Uboro Lopes, 192 páginas, R$56,90, ISBN 978-65-99630-24-8) está disponível nas livrarias e no link bit.ly/milplacebos.

Matheus Borges nasceu em Porto Alegre, 1992. É formado no curso de realização audiovisual da Unisinos e egresso da oficina literária de Luiz Antonio de Assis Brasil. Suas histórias já foram publicadas em revistas literárias no Brasil e no exterior, bem como em coletâneas e antologias. No cinema, atuou como roteirista em 'A Colmeia', longa metragem vencedor de cinco prêmios na edição 2021 do Festival de Cinema de Gramado. Atualmente, é mestrando no programa de pós-graduação em letras da UFRGS. Mil Placebos é seu primeiro romance.