por Patrícia Viale
foto de Rafael França |
Por quantas liras tu me deixaste? Seriam trezentas, vinte
ou apenas dezenas? Podes crer em amor quando existe dinheiro?
Nascemos fora de nosso
próprio tempo: tu antes e eu após a tua morte.
Nada somos um para o
outro, apenas esse amor que me queima, que me enlouquece, que me faz ver-te
onde nada há de ti...
Onde estariam as liras
nesse mundo cinzento, amargo e ambicioso?
Quem ainda escreve cartas
de amor e as manda por um mensageiro?
Quem rouba beijos?
E quem ainda ousa
acreditar em se ser somente um poeta, sem nada a ganhar ou a perder?
Nada somos um ao outro,
somente esse amor cego e absurdo...
Adorei, muitas vezes estamos com essa sensação de deslocado do tempo veloz dessa vida, muita mudança em meio século. Com amor tudo vale a pena!bjs Pati
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