sexta-feira, 21 de agosto de 2020

A literatura em tempos de encontros on line

Quem disse que a nova realidade de encontros virtuais faria mal para a literatura? São tantos encontros e tão disponíveis, que só não participa quem não quer. Segue a programação da Fundação Cultural de Canela, totalmente on line! CURSO LESKOV - início 26/08 A Fundação Cultural de Canela e o Professor J. A. Nicotti estão lançando o terceiro curso do Ciclo de Literatura Russa. Em 4 encontros virtuais, serão lidos e analisados 2 livros de NIKOLAI LESKOV: “Lady Macbeth do Distrito de Mtzensk” e “A Fraude e outras histórias”, ambos pela Editora 34, apoiadora do curso. As aulas acontecem nas quartas-feiras, de 26/08 a 16/09, das 19h às 21h, e a plataforma utilizada é o Google Meet. Inscrições: Apenas o curso: R$220 Curso + 2 livros: R$294 Inclui certificado (carga horária de 10 horas/aula) e material exclusivo (ambos digitais, em PDF). Realização: Fundação Cultural de Canela Apoio: Editora 34, Tresdê Impressões e Órbita Literária Maiores informações: 54 99192.6187 / fernando@fccanela.com.br / facebook.com/fundacaoculturaldecanela - Clube do Livro de Canela convida para debates: 27/08 e 24/09 Já estão definidas as duas próximas leituras do Clube do Livro de Canela, que tem realizado seus encontros virtualmente, sempre na última quinta-feira do mês. Em agosto, a discussão será sobre Memória de Minhas Putas Tristes, o último romance do nobel Gabriel García Márquez, publicado em 2004. Para setembro, a obra escolhida foi A cada um o seu, do italiano Leonardo Sciascia. A participação nos encontros online é gratuita, mas é preciso pré-inscrição através do email fernando@fccanela.com.br. Os debates ocorrem nas datas 27/08 e 24/09, sempre das 19h às 21h, no Google Meet. Apoio: Livraria Mania de Ler / AJR e FCC -- Circuito Santa Sede - início em 11/09 O Santa Sede – crônicas de botequim lança sua segunda turma em Canela: a oficina literária Circuito Santa Sede. Pela primeira vez em módulo virtual, esta oficina é voltada a quem deseja iniciar, manter ou retomar uma rotina de escrita – seja para alimentar redes sociais, formar acervo para uma futura publicação ou mesmo como terapia durante o isolamento social. São apenas 9 vagas na turma, que tem encontros semanais pelo Google Meet, sempre às sextas-feiras, das 18h às 20h. As inscrições podem ser feitas até 11/09, dia da primeira aula, através do fone/whats 54 99192.6187 ou email fernando@fccanela.com.br. A mensalidade é de R$180 por pessoa. Apoio: Empório Canela e Fundação Cultural de Canela -- O Gato na Literatura - início em 16/11 O gato é ou não é o bichano mais afeito à literatura que existe? Essa opinião é discutível, claro. Dá um bom debate. De preferência com um chá ou café quentinho ao lado e, de preferência, um peludo ronronando no colo :) Os gatos são amigos dos leitores e escritores, não há dúvidas. Foram muitos os autores que registraram nos livros suas histórias. entre eles Edgar Alan Poe e Josué Guimarães; na poesia de T.S. Eliot, Mario Quintana, Vinicius de Morais; em Patricia HighSmith, Natsume Soseki e Hiro Arikawa. Neste curso, ministrado pela professora Bel Porazza, vamos refletir sobre o tema (os gatos!) em diversas obras literárias identificando como os respectivos autores inserem o animal em seus contos e romances. Serão analisadas obras no universo das fábulas de Esopo e de La Fontaine, além de todos os grandes nomes citados acima. Também, elaboraremos, em formato oficinal, um pequeno roteiro para um conto onde o gato seja o protagonista. O curso terá 3 encontros, realizado pelo Zoom. Dias 16, 23 e 30 de novembro de 2020 (segundas-feiras), das 19h às 20h30. Investimento: R$210,00 Promoção*: trazendo um(a) colega para o curso, ambos pagam R$180,00 *promoção válida até 05/11. Consulte o desconto progressivo ao trazer mais colegas. Que tal? Vai deixar de ler e escrever por causa do covid 19? Maiores informações com: Fernando C. Gomes Fundação Cultural de Canela / Vice-presidente 54 99192.6187 / www.fccanela.com.br

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Máscara que protege e distribui solidariedade

Ana Maria é íntima do ambiente das costuras. Em seus pensamentos ela jamais imaginaria que o seu ateliê de costura, situado em São Francisco de Paula, iria virar uma linha de produção de máscaras de tecido. Ana Maria Naviliat (o sorriso do lado direito desta primeira foto) é costureira desde os sete anos de idade. Ela ajudava a mãe nas costuras, principalmente  nos alinhavos. O ambiente de tecidos, tesouras, agulhas e linhas sempre fez parte da sua vida. Nesta linha viajou pelo Brasil e teve confecções. Morou em Minas Gerais, Santa Catarina. Veio de muda para São Chico e montou seu ateliê numa cabana de madeira linda. Plantou árvores no pátio e aqui produz beleza com tecido.

Ana (blusa cinza), a irmã Marilena  (blusa verde) e o sobrinho Diego


Ingressou em 2019 no grupo das artesãs de São Chico. Aprendeu várias técnicas artísticas, mas a paixão continua sendo a costura. Principalmente a costura de bolsas. Quando a pandemia iniciou em março, uma amiga, moradora em Viamão, ligou para ela e perguntou se ela poderia fazer máscaras de pano. Teria que usar máscara o dia inteiro. "O senso comum diz que usar uma máscara protege você contra quaisquer partículas ou patógenos transportados pelo ar".  Ana sabia que fazer aquelas costuras era proteção. Fez um lote de máscaras e mandou para a amiga.  



A irmã Marilena veio para ajudá-la no início do isolamento social, em março. Ela anotava o número de máscaras doadas. Passaram a vender algumas para poder comprar o material (tecido, linha e elástico). Assim poderiam continuar as doações. Até onde conseguiram contar chegaram ao número de 900 máscaras. Quase 600 unidades, desta produção, foram para doação.


Esta nova rotina no ateliê da Ana deixa ela muito feliz. Faz o que gosta e ainda ajuda quem precisa. "Poder ajudar no meio desta pandemia é gratificante", completa a costureira de proteção. Ainda neste momento tão incomum ganhou de presente um neto.





Ana nunca usou máscara em bailes de carnaval. E sair à rua usando máscaras também não estava nos seus planos de vida. Mas, todos os dias, ela se coloca em frente à máquina de costura e planeja novos modelos. Mais confortáveis, mais bonitos.  "Máscara é segurança nos dias atuais. Como não me dedicar? É a minha maneira de ajudar a proteger as pessoas", finaliza a costureira Ana.




terça-feira, 11 de agosto de 2020

A Dama do Cachorrinho

 A literatura russa encanta. Os russos são surpreendentes. Um povo que tem um inverno congelante e mesmo assim produz e vive prá valer, é um povo de imenso valor. A literatura russa não é uma literatura de facilidades, mas também não é complicada. É literatura de humanidade, sem caminhos fáceis. É preciso querer mergulhar no ser humano para entender a literatura russa.

Recentemente a Fundação Cultura de Canela, juntamente com o Professor Nicotti, disponibilizou o curso on line sobre os contos do escritor Tchekhov.  A proposta era ler os 36 contos do exemplar "A Dama do Cachorrinho e outros contos", publicado pela Editora 34, com tradução de Boris Schnaiderman.

Tchekhov nos mostra, através de seus textos, que uma vida é feita para viver no momento. Apenas isto. E nada mais. O escritor é craque supremo em histórias curtas. Com precisão extrai o que existe de mais humano num fato, num momento. Um recorte de um fato. A vida não é idealizada. As histórias são comuns, deixam a alma à mostra. Choramos com o pai de "Angústia". Nos apaixonamos com "A Dama do Cachorrinho". Até sorrimos com o início de "Bilhete Premiado", mas em seguida retomamos o ritmo da vida sem artifícios.

Vale ler e degustar cada um dos contos. Uma visão mais poética  sobre o dia a dia, que muito insistem em chamar de trivial. A vida para este escritor não é banal. É carregada de sentimentos contraditórios e misturados, de escolhas que fazemos a cada segundo vivido.

Em tempo: o professor Nicotti irá oferecer um novo curso on line. Desta vez será sobre o escritor Leskov, com a leitura dos livros "A fraude e Lady Macbeth do Distrito de Mtzensk". Maiores informações com Fernando Gomes.


Por que me tornei uma colagista

Em 2001 fiz um auto exílio na Suíça, em função de um casamento. Jornalista no Brasil, lá me descobri uma analfabeta. Além de precisar apre...