domingo, 3 de novembro de 2019

Doralino Souza lança livro em São Chico


Doralino Souza é jornalista, escritor e ativista social. Morador de Igrejinha e natural de São Francisco de Paula, o ficcionista de 49 anos escreveu “Dentes no copo de uísque & outros contos de crime”, que será lançado no dia 10 de novembro, às 14 horas, na Feira do Livro de São Francisco de Paula.



Também escreveu O cânion de Dentro (2016) e Anjos Também Usam Boné (2014), ambos finalistas ao Prêmio Livro do Ano AGES – ( Associação Gaúcha de Escritores). Mantem, desde 2017, a coluna “Tempo Contado”, no Site Panorama, onde, quinzenalmente publica contos.




Sobre o livro Dentes no Copo de Uísque & Outros Contos de Crime
O o escritor diz que o livro se divide em duas partes.  Na primeira, chamada “Solidão”, a ação acontece nas lonjuras dos rincões, nos pequenos vilarejos, fazendas em decadência, armazéns de beira de estradas. A segunda parte se chama “Desespero” e a ação acontece nos centros urbanos, nos presídios, nos condomínios, nas ruas escuras ou cheias de gente. Entre a solidão dantesca e o desespero arrebatador irão insurgir os monstros que habitam os mais profundos lugares da alma humana, e esse é o ponto central do livro. Segundo o autor, todos os textos refletem um recorte da vida das personagens, um ápice de carga emocional, que culminou naquele instante, naquele recorte. O leitor será chamado para analisar e dar o veredicto sobre determinado personagem e seu crime. O leitor, único júri e juiz.

O livro é um lançamento da Editora JM2D e estará à venda na Feira do Livro de São Chico ao preço de R$ 25,00. A Feira do Livro de São Chico acontece de 08 a 10 de novembro, às margens do lago São Bernardo.

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Denise Kern na Feira do Livro de São Chico

Gente, este será o segundo ano da Boutique de Pizzas e Livros Viale na Feira do Livro de São Chico. Estaremos com uma banca de livros de autores independentes. Traremos quatro escritoras e um escritor para lançamento de obras e bate papo. Neste time está Denise Kern, professora de matemática e escritora de Educação Financeira e Fiscal.

Denise Kern

Este ano ela está lançando a Coleção Aprendendo a Poupar. Uma Coleção comemorativa dos seus dez anos como autora de obras de Educação Financeira e Fiscal.  Denise vem lançar o seu primeiro título “Quanto valem os centavos?”.



O encontro com a autora será na sexta feira, 08 de novembro, 15 horas, na Feira do Livro de São Francisco de Paula, às margens do Lago São Bernardo.


Conheça seus livros:

Em Quanto valem os centavos?, a professora Beta e os alunos Xis, Cinco, Zezinho, Vírgula, Exclamação e Delta conversam em sala de aula sobre a importância de aprender a dar valor ao dinheiro, do economizar, organizando tabelas.
Valor do livro: R$ 20,00



ISBN 978-85-69698-35-7 CDU 336.76
INFANTIL; 40pág., 15,5x22cm, ilustrações para colorir
Brinde: um cofrinho

Em Quanto eu pago os impostos?, a professora Beta e os alunos dialogam na sala de aula sobre a função do imposto e a importância para a cidade; do papel do cidadão e da possibilidade de auxiliar entidades.
Valor do livro: R$ 28,00

INFANTO-JUVENIL; 78pág.; 14x21cm, ilustrações
ISBN: 978-85-69698-12-8 CDD: 336.2
Administração financeira. Tributos. Impostos. Poupança. Educação Financeira.


Sobre a autora:
Desenvolvendo projetos na área de Educação Financeira há 18 anos, Denise é precursora na discussão deste tema no Rio Grande do Sul. Representou o Estado e a Região Sul na discussão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em São Paulo (2015) e em Canoas (2016). Entre as distinções, conquistou o 8º Prêmio Professores do Brasil e o 3º lugar no Prêmio Educação Financeira e Fiscal da ESAF/DF. É mestre em Ensino de Ciências Exatas pela Univates/RS, possui curso de extensão universitária de Disseminadores de Educação Fiscal por meio do Programa Nacional de Educação Fiscal, realizado pelo Governo Federal.

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

As margens do lago São Bernardo nunca mais serão as mesmas



Anota na agenda a data de 10 de novembro (domingo)! Além de ser o aniversário do meu companheiro Joao Cincinato Lucena Terra, será também a última Pizza Literária de 2019! Então tem que aproveitar!!

Nosso encontro será às 15h, às margens do lago São Bernardo (no quintal!!!), durante a Feira do Livro e Feira Medieval de São Francisco de Paula 2019, promovida pela Secretaria Municipal de Educação e Biblioteca Pública Elyseu Paglioli. Inspirador né?

Nossas escritoras convidadas são Renata WolffAndréia Borges de Azevedo e Adriana Borella Pessoa. Três escritoras que precisam ser lidas ainda este ano. Por que? Porque elas são únicas, determinadas e se colocaram ao lado da literatura desde sempre. Os livros delas já estão à venda na Boutique de Pizzas e Livros Viale, aqui em São Chico, e também serão vendidos no evento.

Quer mais? O evento será gratuito e terá muita pizza acompanhando este bate papo delicioso!!

Nos próximos dias conheça mais sobre estas três mulheres aqui no blog. E já deixa marcado na agenda onde você deve estar no dia 10 de novembro: na Pizza Literária!!




sexta-feira, 18 de outubro de 2019


Cálculo Renal

por Patrícia Soares Viale, outubro 2019

E de repente, a vida tropeça numa pedra. Numa não. Em três pedras. Duas pedras no rim esquerdo e uma terceira em deslocamento no canal urinário. Esta se movimenta e eu me requebro, grito e me reviro em dor. Chegou sem avisar. Uma dor que aperta as costas e vai desmontando. Parece uma corda amarrada bem justa na linha do umbigo. Ela deu sinais em setembro, em forma de fisgadas. Achei quer era frescura. Que era cansaço. Que era efeito colateral do anticoncepcional. Em quatro dias foram três hospitais diferentes, sete médicos, exames de sangue e de urina, sondagem e tomografia. Foram várias picadas nos braços e na barriga (teve até morfina!) e muitos remédios para controlar a dor. Codeínas, cloridratos, antibióticos, dilatadores... uma mulher de um metro e setenta e quatro centímetros se curvando a uma pedra de menos de um centímetro.

Desde o dia quatro de outubro, quando a primeira crise me derrubou, tenho pensado sobre doença e saúde. O que se passa dentro de nós? O que se passa fora de nós? As doenças são reflexos da nossa poluição emocional, do que fomos deixando pelo caminho: auto estima. Num ano, que pede tanta revisão íntima, me percebi uma sacola vazia. Tanto trabalho feito e nenhuma percepção real do que se vive. A correria dos pensamentos faz isto: muito fazemos, pouco sentimos. E daí uma pedra, que insiste em deslizar no meu canal urinário, me obrigou a parar e me olhar no espelho. Uma mulher descabelada, com a dor estampada nos olhos, preocupada com a largura das mangas da blusa por causa do aceso ao soro, teve que se ver sozinha. Sim, sozinha! Tive uma legião de apoiadores nestes dias. Pessoas que me carregaram de um lado para o outro, cuidaram da minha filha e da minha casa, ajudaram o João, telefonaram, mandaram mensagem, enviaram-me reiki, fizeram floral, me visitaram no hospital, seguraram a minha cabeça para vomitar, rezaram por mim. Sou muito agradecida a todos. Não foi em relação a estas pessoas que falo da minha solidão. A solidão é na hora de sentir. Não se pode repartir a dor. E por muitas horas os remédios não fizeram efeito, as palavras não consolaram. E eu ficava com os olhos cravados nas paredes vazias dos hospitais, com a umidade das minhas lágrimas e aquela dor que me cavava um buraco.

Buraco este que me levou para várias fases da vida, para várias dores vividas. E mão nenhuma podia tirar tudo aquilo de mim. Dor amadurece. Dor faz evoluir. Mais que crescer, a gente se permite sair da cegueira humana e encarar a verdadeira face. Na veia que estourou e deixou o sangue vazar lembrei do meu irmão Francisco e sua morte. Nos hematomas das agulhas lembrei da pele sensível da minha avó Neusa e da minha mãe Eloisa. Na solidão lembrei da doença que acabou com a vida do meu pai Ricardo. E nem mesmo o carinho da minha irmã Cíntia, do meu cunhado Fernando, do meu companheiro João e da minha filha Maria Rita aliviaram aquela dor. E ninguém pode aliviar. A não ser eu mesma.

O laudo da segunda tomografia diz que as pedras continuam lá. Uma nova crise pode acontecer a qualquer momento. E até ontem eu tremia com esta possibilidade. Parei minha vida. Parei minhas leituras. Parei meu trabalho por medo. Um medo que se juntou a outros medos e se tornou gigante. Os medos cospem na nossa cara, nos desafiam, riem de nós. Eu tenho duas possibilidades a partir de agora: enfrentar, cuspir na cara do medo, empurrar ele  e seguir em frente ou recuar e continuar chorando escondida num cantinho. Escolhi carregar o remédio para dor na mochila e seguir. Não quero mais carregar medos e dores. Eu tenho um metro e setenta e quatro centímetros.

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Quando os animais nos questionam


Nas tardes de segundas feiras eu trabalho na biblioteca do Colégio Expressão, em São Francisco de Paula/RS, sugerindo leituras para os alunos do Ensino Fundamental, lendo e relendo títulos. Melhor trabalho do mundo para que gosta de palavras.

 Hoje me deparei com este livro do escritor Vilmar Berna "Tribunal dos Bichos". Um livro de fácil leitura e de puxada de orelha. Tive o prazer de ler este título no início dos anos 2.000, depois de um curso de extensão em jornalismo ambiental na UFRGS.  O que poderia ser melhor? Literatura e defesa dos animais e do meio ambiente juntos.




Não sou radical, mas penso que chegamos no ápice da ferida inflamada. Nossa sociedade não vai resistir viver neste ritmo de irresponsabilidade e "tanto faz". Estamos chegando no ponto em que o barco não vai dar a volta. Por que? Porque toda nossa ação tem uma reação. Se somente nos preocuparmos em atender nossas próprias necessidades, nossos chamados do ego, ações exclusivas do individual, o que ficará para o coletivo?

Se toda área de terra for pensada para plantar grãos, o que sobrará para as florestas, para a fauna e flora silvestre? Alguns pensarão que o mais importante é plantar para "dar de comer ao mundo todo". E a comida plantada será dividida para todos? Ou para alguns, que pensam que acumular riqueza material é o grande objetivo entre a vida e a morte?

Vilmar Berna nos faz pensar sobre o que estamos fazendo. Cada um de nós. A história de 31 páginas e final aberto trata de um tribunal convocado pela Coruja, onde os animais podem defender ou acusar o ser humano. Quais argumentos foram levantados? Existe defesa para o ser humano? Quais crimes foram cometidos pela raça humana?

Tráfico de fauna silvestre é crime? Testar medicamentos em animais nos laboratórios é crime? Leis ambientais, que determinem áreas de preservação, para que a fauna e a flora possam se desenvolver é válido? Cavalos puxando carroças pesadas são legais? Animais abandonados, por pessoas que não querem trocar a água toda dia, dar comida adequada, é normal? Tantas outras questões, tão cotidianas e doloridas, são levantadas, sem sensacionalismo, neste livro simples e de urgente leitura.

Anota aí o que se pode desenvolver nas escolas com este livro: o senso crítico, a capacidade de reflexão e percepção da importância de todos os seres vivos para a sociedade. O livro trabalha com temas transversais, entre eles a ética, o meio ambiente e a pluralidade cultural. A obra também permite trabalhar a interdisciplinaridade com as matérias de ciências naturais, sociologia, geografia e língua portuguesa.

Alguns termos são desconhecidos e até nisto o autor pensou. Um Vocabulário no final do livro explica cada uma das palavras e expressões pouco conhecidas. Vale a leitura. Vale a reflexão. Para ler ONTEM!!!



Vilmar Berna é jornalista, ambientalista e foi reconhecido pela luta em prol da formação da cidadania ambiental planetária. Pelas Organizações das Nações Unidas – ONU, em 1999, ganhou o Prêmio Global 500 para o Meio Ambiente. Entre os livros que publicou pela PAULUS está Como fazer educação ambiental, que se transformou em um curso a distância pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

sábado, 7 de setembro de 2019

Gogol, um homem de estilo


Gogol é um dos CARAS da literatura russa! Junto com outro baita escritor Púchkin, Gogol produziu duas baitas obras: O inspetor geral e Almas Mortas. Sua capacidade máxima é tornar o grotesco e o fantástico em elementos líricos,  utilizando o cotidiano dos homens. O mesmo dia a dia vivido por nós.


"É impossível entrar na alma de um homem e descobrir o que ele pensa".

Por que Gogol? Porque estou estudando estes seres mágicos, que são os escritores russos, no curso "Prosadores Russos do Século XIX", ministrado pelo professor Nicotti, na Fundação Cultural de Canela, em Canela, cidade vizinha de São Chico.

Se está valendo a pena???? Nossa!!! Aprendizado para a vida, porque esta literatura nos orienta sobre a humanidade e tudo que se relaciona com ela: vida e morte, ganhos e perdas.

Neste primeiro encontro lemos "O Capote" e seu personagem Akáji Akákievitch Bachmátchkin. Sim, a gente lê o livro, a história, o personagem, o contexto histórico, as falas dos personagens. A gente lê o frio da Rússia, as humilhações, as pequenas conquistas.

Akáki é um funcionário público, dos mais simples, dos quase invisíveis. Seu status maior é um capote (casaco para frio) e suas costuras. A história se desenrola em torno das condições materiais deste capote e de uma espiritualidade que ele carrega. Sobre sermos humanos e não nos respeitarmos como tais. Sobre romper regras sociais e obedecer outras regras inventadas. Sobre relações humanas com máscaras e sem máscaras (aliás, qual você usa? Ou já deixou a sua em casa?)

O que acontece quando despimos nossos casacos e mantas de inverno? O que acontece quando nossa alma fica desnuda frente à dor? Será como o amor? Serão os sentimentos criados por nossas carências? Quem muda quem, o material provoca o espiritual ou o contrário?

A história é simples. Narrada de uma maneira tão distinta, explicativa, mas se aprofunda em pouca palavras. Sem complicar a cabeça do leitor. Sem cobrar do autor. Quem chama é o Akáki que vivi em cada um de nós. Ele nos faz pensar sobre as pessoas de importância e as pessoas sem importância.

Admiradores de literatura russa numa noite fria em Canela
Depois de duas horas de debate, leituras e paralelos com outras literaturas nos resta apenas sobreviver. Aceitarmos o cotidiano como um tesouro maior e fazermos dele a nossa existência. Ler Gogol é como colocar um espelho na sua frente e se entregar. Leitura para corajosos.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Sonhos na telona

O Palhaço e a Bailarina em Sonhos, foto de Sérgio Azevedo

Tudo começou com um monólogo de apenas quinze minutos, que participava da III Maratona de Monólogos de Canela.  A ideia original é do ator Marcelo Wasem (que faz o Palhaço no filme Sonhos). Marcelo convidou Lisiane Berti, para fazer a direção e a dramaturgia da obra. E assim o espetáculo teatral "Sonhos" estreou em 2015, pela Cia Lisi Berti, com a ideia de contar a história de um Palhaço triste. 

Lisiane agregou ao espetáculo a personagem da Bailarina, papel da atriz Lígia Fagundes. A história de um palhaço triste que  revive seu passado e seu amor pela bailarina. Tudo com uma poesia visual muito cuidados e enxuta. Não há emoção sobrando, há toque no coração exato para fazer o público repensar os seus amores. 

Em 2018, pensando em uma trilha sonora original, a Cia Lisi Berti entrou em contato com a WN Produções (leia-se Walther Netto) que ficou encantado com o trabalho e sugeriu transformar a obra teatral em filme.

Baseado em uma peça teatral, que começou com quinze minutos, Sonhos foi filmado em um antigo teatro histórico no sul do Brasil. Foram onze horas de filmagens. E, como filme, são cerca de quarenta minutos de  "emoção à flor da pele". Sensibilidade pura na transformação de um homem, ao colocar o nariz vermelho de palhaço. É a cena de mais impacto, que nos mostra que não serão fortes emoções que viveremos durante a exibição. Serão emoções reais.



O filme, assim como o espetáculo teatral, não tem texto falado, apenas imagens. O que facilita a ligação emocional entre os atores e o público. 

A verdade é que o filme nos transforma em testemunhas de um conto de amor vivido pelo Palhaço e pela Bailarina. Amor que nasce de um olhar, que se manifesta em mãos dadas e olhos esperançosos, tal como o amor que todos nós sonhamos viver. Um conto de amor entre a vida e a arte, repleto de metáforas e significados. Cores que se desbotam e sons que evidenciam vida e morte. A vida, que nada mais é, que uma construção de pequenos significados. Filme indicado para pessoas sensíveis, crianças, mulheres e homens que ainda ousam amar, seres humanos que acreditam na poesia.

No dia 28 de agosto o filme foi lançado para convidados e formadores de opinião, no Magnólia Gastrobar, em Canela. O Magnólia tem um cinema para 20 pessoas e o filme de setembro será Sonhos, que estará em cartaz nas terças e quintas-feiras, 20h30min. A partir daí a produção será apresentada em festivais e eventos culturais.

P.S: levem crianças para assistir ao filme e deixem elas cochicharem no seu ouvido. Levei minha filha de 10 anos. No início, sem falas ditas, ela que adora decorar texto, me disse: Mãe, acho que não vou entender nada. Este filme não tem texto! No final da exibição, bem encostada na poltrona, ela disse: Não sei se eu entendi, mas que foi tudo muito lindo, isto foi! 

O Palhaço e a Bailarina em Sonhos, foto de Sérgio Azevedo

O Palhaço e a Bailarina em Sonhos, foto de Sérgio Azevedo
Como chegar no Magnólia Gastrobar: Rua Dona Carlinda, 255. Centro, Canela. Telefone (54) 3278-0102.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Tridimensional vem aí!

O convite é para o coquetel de abertura da exposição Tridimensional IV da AEERGS, que irá acontecer no dia 2/8/2019, a partir das 19h, no Centro Municipal de Cultura Arno Michaelsen, em Gramado. A exposição conta com a curadoria de Débora Irion e integra o calendário estadual de comemorações do Dia do Escultor, que neste ano ganha destaque por ser o centenário de nascimento de Xico Stockinger.



Artistas: Adriana Giora, Adriano Mayer, Ana Andueza, Ana Lúcia Homrich, Anaurelino Barros Neto, André Luis Sartori, Antônio Jorge Sobral, Arminda Lopes, Beatriz Macedo, Cláudia Stern, Edemir Wandscheer, Elisa Zattera, Elisabeth Rosenfeld, Gilberto Sibemberg, Gilmar Stahl, Gisele Sirena, Gotto, Helenara Fão, Kira Luá, Lecy Fischer, Leili Kutt, Leo Mathias, Lucas Strey, Lúcia Nelz, Lúcio Spier, Magna Sperb, Marília Klein, Marta Mincato, Martina Berger, Nelide C. Bertolucci, Ricardo Cardoso, Rita Gil, Susane Kochhann, Ubiratan Fernandes, Valquíria Navarro e Valmi Schneider.

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Realização:
Associação dos Escultores do RS - AEERGS
Centro Municipal de Cultura Arno Michaelsen
Secretaria da Cultura de Gramado
Apoio:
Coordenação de Artes Plásticas da SMC/Porto Alegre

37° edição da Miniarte Internacional em Porto Alegre


A Gravura Galeria de Arte recebe 37° edição da Miniarte Internacional e Feira de Arte
Na quarta-feira, 07 de agosto, às 18h30, a Gravura Galeria de Arte recebe a exposição Miniarte, em sua 37° edição na capital gaúcha. Com a temática "Enigma" e Coordenação Geral Internacional de Clara Pechansky, fundadora e coordenadora do projeto, a Miniarte Internacional possibilita que artistas de diferentes países e com variadas trajetórias exponham lado a lado, todos eles apresentando suas obras originais em tela ou papel, criadas especialmente para a mostra. A exposição fica aberta para visitação do público até 31 de agosto na Sala Branca da galeria, com entrada franca.
A artista homenageada desta edição é a consagrada pintora Esther Bianco, cuja carreira já envolve várias décadas de arte. Esther comparece com duas obras, especialmente criadas sobre o tema Enigma. Um catálogo bilíngue da mostra será distribuído na inauguração. O Projeto Miniarte Internacional é representante para o Brasil das entidades Arte Sin Fronteras, Arte México Internacional, MAI Colombia e OMAI México. Estas parcerias permitem um intercâmbio contínuo entre estes países, tendo o tema Enigma sido desenvolvido por 115 artistas do Brasil, Argentina, Colômbia, Espanha, Estados Unidos e México, o que resulta em uma bela diversidade de criações originais.
Além disso, até o dia 31, a Gravura Galeria de Arte promove a "Feira de Arte – Acervo Gravura", na qual diversas obras de artistas parceiros da galeria e consagrados no universo artístico estarão â venda, com 50% a 70% de desconto. Dentre os artistas participantes estão Alice Brueggemann, Alice Soares, Britto Velho, Clara Pechansky, Claudio Souza Pinto, Did Dontzoff, Eduardo Vieira da Cunha, Enio Lippmann, Gustavo Nakle, Gutierrez, Paulina Eizirik, Porcella, Rodrigo Núñez, Vasco Prado, Xico Stockinger, Zoravia Bettiol e muitos outros.
SERVIÇO
Miniarte Internacional – Enigma
Abertura: 07 de agosto de 2019
Horário: 18h30
Visitação: 07 a 31 de agosto de 2019
De segunda a sexta das 9h30 às 18h30 e aos sábados das 9h30 às 13h30
Local: Gravura Galeria de Arte – Corte Real, 647

domingo, 7 de julho de 2019

Alma Silvestre em arte e sensibilidade



Exposição “Alma Silvestre” na Galeria Arte12b, em Gramado.



Artista e Escultora Marília Klein junto a Marina Dal Ponte, marchand da Arte 12B 


Junho foi um mês movimentado na Galeria Arte12b, e ressaltou a importância do meio ambiente para a vida e para a arte.

Na sexta, dia 28 de junho, foi dia de receber amigos e apreciadores de arte para conhecer em primeira mão o trabalho da artista plástica Marília Klein, e dar início a exposição “Alma Silvestre”.
Contextualizando o mês do Meio Ambiente, as obras da Marília procuram nos despertar para causa animal. O ponto focal da noite foram as esculturas feitas com argila, que após a queima em altera temperatura, tornam-se cerâmica. As obras chamam a atenção pela minuciosidade dos detalhes e a sensibilidade que as peças passam ao espectador.
A proprietária da Arte12b, Marina Dal Ponte, enfatiza a união que a arte promove com diferentes esferas. “Ficamos felizes em receber, no mês passado, a união da arte com moda, no evento “Arte Aplicada”. Neste mês, celebrar o meio ambiente e recordar das nossas origens, ligeiramente ligadas a fauna silvestre, com obras perfeitamente desenvolvidas pelo caráter técnico, e encantadoras pelo caráter estético, foi muito gratificante para a Galeria Arte12b”.

Natural de Santa Cruz, Marília é mais um novo talento que a Galeria Arte12b se orgulha em apresentar para Gramado e região.
A EXPOSIÇÃO ACONTECE ATÉ O DIA 18 DE JULHO, DE SEGUNDA A SÁBADO, DAS 10 ÀS 18 HORAS. A ENTRADA É FRANCA.
Galeria Arte 12b
Rua Dr. Ricardo Sturmhoffel, 120
Gramado . Rio Grande do Sul . Brasil


terça-feira, 14 de maio de 2019

Sobre a lógica



Patrícia Soares Viale
Suíça - 10 de outubro de 2002




Um café por favor. Algo mais senhor? Não, obrigado. V. abre sua pequena caderneta de capa vermelha e com a caneta, de tinta também vermelha, escreve algumas palavras… insultos são nada mais que um tronco oco caído ou caindo no solo. Uma boa frase para aquecer os dedos. Seu café senhor. Obrigado. Duas colheres de açúcar fazem V. largar a caneta. Mexe devagarinho a bebida quente e bebe em goles minguados, curtos, quase inexistentes. Antes queimar os beiços do que as mãos. Que arranquem minha língua, mas nunca meus dedos. Preciso manter-me forte para continuar a luta. Já chegam os cabelos que perdi. E a xícara volta ao pires. E a caneta à mão. Que passem todos os cidadãos. Examinarei seus olhos e suas línguas. Não tenham medo. Isso é um exame de rotina. O senhor de passo ligeiro e olhar baixo. Por favor, aproxime-se. Diga „33“. Mais alto. Não, o senhor não está doente, apenas corrompido. Aliviado? Não diga isso. Seu caso pode mais grave que uma anemia. Os glóbulos brancos recuperam-se com vitaminas, ferro e uma boa alimentação. E esse tratamento em nada o ajudará. Com o caráter a coisa não é tão simples. Quantas vezes o senhor baixou a cabeça para alguém? Sentiu-se bem? E por que? Meu senhor, para que eu possa ajuda-lo é preciso muita persistência e determinação de sua parte… ei, onde o senhor vai? E a consulta? Eu não terminei. Isso é meu trabalho. E o sujeito nem pagou. Mocinha, por favor. Sim. Mais um café.
Como vai a senhora? Está tão triste, com os olhos perdidos buscando uma direção, uma referência. O problema é que nada disso existe. Não estou mentindo. Estou tentando salvar sua vida. Sobre a lógica, minha senhora, é melhor fecharmos os olhos e respondermos no escuro. A lógica desse mundo de mapa-mundí e dessa vida talvez esteja em se criar lógicas particulares. Algo próprio. Eu posso explicar melhor, permita-me apenas um gole desse café. Eles querem me calar, mas não irão conseguir. Eu posso tomar isso e sem medo. Senhora, se formos analisar os fatos em um contexto geral descobriremos que nada possui nexo ou sentido. Então, eu mesmo preciso criar a lógica de minha vida. Por que viver(?), por exemplo. Eu vivo porque vim parar aqui. O motivo disso não sei. Colocaram-me, jogaram-me aqui e aqui estou. Por isso vivo. Certo? E qual a lógica sobre eu ter sido jogado aqui? Ah! Essa não existe. Calma, calma, me escute por obséquio. Bem, chegamos em um outro ponto importante. Nesse parágrafo posso dizer que a lógica ainda não tinha sido inventada. E antes da lógica, existe o quê então? Boa pergunta, vejo que és um menino inteligente, apesar desses cabelos. O impulso. O impulso vem antes da lógica, é algo que nasce com todos nós. Pode ser do tipo preguiçoso ou do tipo dinâmico. Às vezes fica anos dormindo e de repente, num salto enlouquecido, golpeia a todos sem dó. Nunca se sabe como esse monstrinho se comportará. Vejam aquele bebê, é um impulso só, nada de lógica. Visualizem o impulso como um grande carneiro de chifres grossos, mas não pontudos. Ele não machuca, ele somente acerta. O carneiro mira, baixa a cabeça e avança. Passa por cima, embola, empurra, desmonta. O impulso não tem freios, somente ação. Repetindo, o impulso pode ser visto como um carneiro, não como uma ovelha. As ovelhas fazem parte de outra lição, que explicarei nas próximas semanas. Então vamos à sequência: impulso, lógica e lógica criada. Quando se chega nesse terceiro estágio é possível perceber que já tens duas cabeças, geralmente uma branca e a outra preta. Mas prestem atenção, essas duas cabeças não pensam da mesma maneira. Nunca. Elas questionam, geram conflitos para então chegar à lógica criada. É um processo divertido, apesar de cansativo. São como essas crianças que já caminham, que mexem nas coisas, requerendo atenção a todo momento. Precisas preparar o alimento diário, levar para passear, trocar as fraldas… é filho teu! Nunca te esqueças disso. Pobres pais que esquecem o impulso, a lógica e a lógica criada. São seres abandonados, largados, sem esperança… onde vocês vão? Esperem, ainda tenho outras coisas importantes para explicar. Mocinha! Sim. A conta. Já foi paga. Por quem, se estou sozinho?

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Gramado receberá edição da Pizza Literária



No dia 25 de maio, sábado, acontecerá a Pizza Literária “As fronteiras rompidas pela literatura” em Gramado (RS). Esta edição do evento, que reúne pizza e literatura, será realizado no Unopar de Gramado, a partir das 19h. “A Boutique convida um escritor ou escritora para apresentar seus livros e conversar sobre o processo criativo. Durante o bate papo são servidas pizzas com sabores relacionados às histórias contadas. A Pizza Literária é uma pequena festa literária, onde o público pode conversar diretamente com o autor e compreender melhor o universo das histórias narradas”, conta Patrícia Viale, idealizadora do evento.
Nesta edição serão três convidados: Júlio Ricardo da Rosa, autor de “O Viajante Imóvel”, Eduardo Krause, autor de “Pasta Senza Vino” e “Brava Serena”, e Carina Luft, autora do livro “Verme”, todos publicados pela editora Dublinense. O livro “Verme” é muito atual, conta os encontros e desencontros de um homem que se dedicou a um trabalho não muito honesto na polícia, O delegado Weber, que escolheu a serra gaúcha para viver o fim da vida. É neste cenário serrano que ele fica observando as araucárias e remoendo suas culpas.
“O Viajante Imóvel”, de Júlio, apresenta dois personagens: Vítor Assis e Félix Kölderlin. Um busca o mundo, o outro foge dele. Personagens diferentes, mas que se complementam durante toda a história. O livro narra aventuras e apresenta reviravoltas, que fazem o leitor dar continuidade na leitura, numa velocidade voraz. Júlio Ricardo da Rosa nasceu e vive em Porto Alegre. Durante os anos 80 escreveu sobre cinema para vários jornais gaúchos. Júlio também publicou os livros “Beijos no escuro”, “Veludo”, “O segredo de Yankclev Schmid” e “O Covil do Diabo”.
Eduardo Krause é publicitário, passou uma temporada em Florença (Itália), que o inspirou a escrever as façanhas e aventuras de Antonello, o sedutor de “Pasta Senza Vino”, que faz descobertas importantes no Brasil. Já “Brava Serena” retoma a temática ítalo brasileira prestando tributo à Roma e ao ator Marcello Mastroianni.
Os convites antecipados para a edição de maio do Pizza Literária estão à venda por 94 reais (dão direito às pizzas, pães, antepastos, água saborizada e vinhos). Os livros dos escritores estarão à venda no evento, com valores promocionais. Local: Unopar (R. Pref. Nelson Dinnebier, 463 - Gramado - RS) Telefone para informações e compra de convites: 54 99925.5761, com Patrícia Viale.

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Palmas!!!!

E no dia da Literatura Brasileira, as palmas e a pizza irão para O Covil do Diabo, de Júlio Ricardo da Rosa, porque eu sou fã deste livro.

Este é o Júlio


Pizza Covil do Diabo, carne seca/charque com milho, inspirada no livro

Júlio, Covil do Diabo, Patrícia, Pizza Literária: nós somos felizes!

Luiz de Souza em Gramado

Luiz de Souza, renomado artista plástico, expõe obras na Galeria Arte12b
É difícil não se impressionar pelas obras do premiadíssimo artista plástico Luiz de Souza.
Sua a maestria em contrastes com claro e escuro, luz e sombra, provém dos artistas clássicos renascentistas.

Atualmente pertence à escola artística literária do realismo fantástico. Luiz também é adepto do trompe-l'oeil – técnica artística que, com truques de perspectiva, cria uma ilusão ótica que faz com que formas de duas dimensões aparentem possuir três dimensões.


Na Galeria Arte12b, apresentamos sua nova série "Mãe Natureza", composta de oito desenhos conceituais. 
Em uma iniciativa beneficente, o artista oferece parte das vendas para a ONG Atitude na Cabeça, que confecciona perucas para pessoas com patologias que causam a total ou parcial perda dos cabelos, como o câncer.

Conheça algumas obras desta série:




Galeria Arte 12b
Rua Dr. Ricardo Sturmhoffel, 120
Gramado . Rio Grande do Sul . Brasil

São Chico internacional


Que vergonha para quem se diz jornalista e escritora, um blog sobre leituras e textos defasado e atrasado!! Perdão! A vida está me atropelando e eu pouco consegui fazer até a tarde de hoje, quando me senti imensamente insatisfeita por não estar escrevendo.

Perdão!!
Perdão!!
Perdão!!

Tenho tanta coisa para contar, então vamos lá! No final de abril ajudei a produzir uma aula do quinto ano, a turma da Maria Rita, lá no Colégio Expressão. Foi uma aula sobre a formação do povo brasileiro. A profe Daiana estava explicando a diversidade de culturas, que formou o brasileiro e surgiu a ideia de buscar estrangeiros, que moravam em São Francisco de Paula/RS e que pudessem contar sobre a sua vinda para nossa cidade. E quem nasce em São Chico é chamado de serrano.



O Günther Klemann veio da Alemanha, meu professor de alemão, todas as segundas feiras, aqui na Boutique de Livros e Pizzas Viale. Sim! Temos uma turma de alemão, que toda semana pratica e escreve o idioma, além de tentar leituras em alemão gótico. Bem, o Günther veio para o Brasil com sete anos e sempre morou em Porto Alegre/RS. Jornalista aposentado, veio morar em São Francisco de Paula atraído pelo frio.



Já o Moussa Gning veio do Senegal, um pequeno país/ilha, com água por todos os lados e com uma população de cerca de 15 milhões de pessoas. Ele veio para o Brasil para ter novas vivências. Contou que a educação é muito boa no seu país e que nas escolas se enfatiza o aprendizado de vários idiomas. Talvez por isto os senegaleses gostem tanto de viajar. Moussa tem um irmão morando em São Paulo e foi para lá vivenciar o ritmo de vida de uma metrópole, mas não gostou. De andança em andança, passou por Caxias do Sul, trabalhou na área dos vinhos e teve a indicação do amigo Oumar (que também colaborou neste trabalho da Maria Rita), de que viesse passar o final de semana em São Chico. Veio, gostou e ficou. Formado em Comércio Internacional, Moussa vende suas mercadorias nas ruas e pela internet.

Turminha de quinto ano. Maria Rita ali no meio

Profe Dai, super exemplo de educação humanizada




O Moussa gostou do estilo de vida aqui em São Chico e acabou ficando. Fez amigos, fez clientes. O pai do Moussa sempre disse para ele e os irmãos de que é preciso estudar e aprender mais de um ofício, porque assim a pessoa aprende a se virar em qualquer lugar. E o Moussa frisou isto com a gurizada. Lembrou eles de que professor e professora são as pessoas mais importantes, porque eles nos ensinam a fazer muitas coisas interessantes.



A criançada anotou o que foi dito, perguntou sobre o estilo de vida de cada um, alimentação, particularidade das línguas.





Mas o mais legal foi o recado final dos dois para esta turma: de que é preciso resgatar o espírito comunitário, o cuidado com a própria cidade e com seu povo. Tanto o Günther, como o Moussa acreditam no potencial de São Francisco de Paula como uma cidade próspera e unida, com um povo responsável. No final a gurizada aplaudiu os estrangeiros serranos! Por mais aulas como esta! Sempre!


Por que me tornei uma colagista

Em 2001 fiz um auto exílio na Suíça, em função de um casamento. Jornalista no Brasil, lá me descobri uma analfabeta. Além de precisar apre...