#jornalistanaquarentena
Início de texto, mas já são 21 dias de isolamento, tentando escrever, rabiscando, rasgando, duas saídas para ir ao supermercado neste período e nada mais. Limpo a casa, varro o pátio, recolho os cocôs das cinco cachorras e um cachorro diariamente, acompanho as atividades escolares on line da minha filha, leio, vejo séries e filmes, ando de um lado para o outro, rezo, vou para as redes sociais e peço para ficarem em casa, faço comida, sujo louça, lavo louça, mando mensagens para amigos e familiares, subo e desço escadas, costuro bonecas, imagino abraços, lavo a roupa, choro, rio compulsivamente, danço, caminho na esteira... crise de ansiedade que não estou controlando com chá de camomila, cidró, cidreira. Crise que está saindo pelos poros, porque já existe há tempos e agora sentiu que é momento de limpeza. Limpe-se mulher desta poluição sentimental e humana! Então, que venha a limpeza!
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Boutique Viale e as glicínias floridas |
São tempos de poluição de todo tipo. Na cabeça, no corpo, no coração. Poluição que afeta as palavras e nos faz vomitar besteiras, fake news e mágoas. Todo dia me prometo um texto, um novo sabor de pizza, um novo projeto, um novo recomeçar. Nunca alcanço o OK total na lista. Sempre falta alguma coisa. e nesta constatação, do final do dia, uma crise de falta de ar me invade. Somatização do fio de cabelo até a unha do pé. Doí tudo, caleja a alma. Como iremos passar por este período? O que sobrará de nós? O MELHOR!
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Lago São Bernardo, São Francisco de Paula/RS |
Despoluídos de tantas manias, obsessões, paranoias seremos seres humanos cheios de ar verdadeiro. Respiraremos melhor, conversaremos com mais harmonia, viveremos mais equilibrados. Eu acredito nisto. E torço para que o isolamento social, atualmente proposto no mundo todo, para controlar a disseminação do Covid-19, dê certo, seja sucesso. E nada mais. Não quero o mal de quem está saindo do isolamento. Não praguejo o presidente. Só desejo o melhor para todos. Pessoas com a consciência tranquila são pessoas reais. Eu acredito e acreditar é um bom caminho andado. Fim de texto.
Em tempo:
Dia 07 de abril é dia do jornalista, aquele ser que trabalha pela informação. Conhece? Prazer, faço parte da classe. Não trabalho em grandes veículos de comunicação, uso minhas próprias redes sociais e faço muitas parcerias com colegas da profissão. Parabéns jornalistas, grande guerreiros do dia a dia!!! E você sabe por que a data é comemorada no dia 07 de abril?
"Foi nessa data que o imperador Dom Pedro I abdicou do trono brasileiro, em 1831. Mas o que a renúncia de um líder de um país tem a ver com nossa profissão?
É porque 100 anos depois do primeiro imperador brasileiro deixar seu cargo, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) escolheu a data para prestar uma homenagem ao jornalista e médico Giovanni Battista Líbero Badaró, um dos principais oposicionistas de Dom Pedro.
Badaró foi morto a tiros por inimigos políticos no dia 22 de novembro de 1830. O crime ocorreu na rua de sua casa, a antiga Nova São Jose (foto abaixo), onde hoje fica a rua Líbero Badaró, na região central da cidade de São Paulo. O jornalista era proprietário do "Observador Constitucional", veículo que defendia ideias liberais e se opunha ao reinado de Pedro I. Instantes antes de sua morte, o jornalista disse: "morre um liberal, mas não morre a liberdade". (fonte: http://portalimprensa.com.br/)
Em mais tempo, sobre tempos e lugares poluídos pela raça humana que estão se refazendo:
"Cascata dos Narcisos: água transparente e sem cheiro
Fora do circuito das atrações turísticas de Gramado há pelo menos três décadas, por estar poluída, a Cascata dos Narcisos voltou a ficar com a água límpida e sem o odor que a caracterizava, mesmo com um volume de água bem menor em decorrência da seca. O fenômeno não ocorreu pela construção de alguma estação de tratamento, mas, sim, pela queda na atividade econômica de Gramado. Com hotéis e restaurantes fechados, sem turistas, o arroio Piratini passou a ficar mais limpo e sem cheiro, conforme comentou um morador do bairro Piratini, em entrevista ao Jornal de Gramado, sexta-feira (3).
"Em dezembro e janeiro, que também estava com o clima seco, a gente tinha que fechar a casa porque o cheiro era insuportável. Agora, nós continuamos com a seca e com pouco volume de água, mas não tem cheiro. É uma coisa que venho acompanhando há tempos. Fiquei tão feliz quando vi a água transparente", relatou Waldir Wille." (fonte: coluna Miron Neto - Gramado Passado a Limpo)